segunda-feira, 19 de outubro de 2015

PP

 
Paulo Portas é, de longe, o mais inteligente "deles todos". Bem falante, pensando rápido, atrevido e dado a chavascos de feira - bem no meio do Povo mais abstencionista e relapso. Em suma, popular (como o seu partido).
Quando os outros vão, ele já está a regressar. Escreve bem, articula e improvisa muito bem: um discurso, um texto compostos por ele serão sem dúvida próximos da perfeição. Como tem boa memória e é traquinas, consegue muitas vezes recordar frases e acções parvas dos seus adversários políticos - sempre prontos para viver primitiva e exclusivamente o presente. Tem convicções, sem dúvida. E sabe História. Pimpão, vaidozeco, exuberante.
Tem sido o indesejado fiel-da-balança quando há que fazer qualquer espécie de frente unida ou aliança de direita contra a esquerda - para chateação do PSD.
 
De resto, entre os conhecidos episódios da "Vichyssoise" e do "demito-me irrevogavelmente", já provou à saciedade que é tão confiável como um lacrau.