sexta-feira, 23 de outubro de 2015

DEMOCRACIA e REPÚBLICA 1

 
«... do grego antigo δημοκρατία (dēmokratía ou "governo do povo"), que foi criado a partir de δῆμος (demos ou "povo") e κράτος (kratos ou "poder") no século V a.C. ».  Esta, é a definição wikipédica.
 
Duvido totalmente do significado supra-referido: "governo do povo", pois logo abaixo "Kratos" aparece justamente como "poder". Ou seja, mais exacto será chamar à coisa O Poder da Demografia ou A Ditadura da Maioria ou da Multidão. Em Atenas e noutras Cidades-Estado do século V a.C., o voto não era para todos: apenas os homens maiores de 21 anos considerados cidadãos podiam reunir-se na Ágora e pronunciar-se; o exercício estava interdito aos escravos, às mulheres e aos estrangeiros.
Daqui surgem directamente para o nosso tempo palavras como autocrata (indivíduo que detém o poder de forma absoluta) ou autarca (indivíduo que parasita um município, tratando da sua vidinha).
 
A República, a tão propalada e lambida forma de governação acarinhada com desvelo pelos socialistas portugueses, também não tem origens recomendáveis e exercício ainda menos modelar: foi instaurada em 509 a.C. por nobres, aristocratas, industriais, proprietários ricos e poderosos romanos que, a dada altura, se fartaram do despotismo dos Rex (Tarquínios, os últimos): o Senado passou a dominar sobre tudo e todos; e a forma corrente de aí fazer política e votar era a intriga, a pressão, o suborno, a promessa, a compra pura e simples do voto, a formação de 'partidos' ou grupos de interesse. Tudo isto - claro - entre os ricos e poderosos. O povo reunia-se na Basílica e decidia mafiosamente sobre o Aventino ou o Quirinale - apenas dois dos bairros de Roma onde proxenetas, pescadores, vendedores e gangues de extorsionistas dividiam entre si os despojos sacados às gentes habitantes.
 
Acresce ainda o facto de que, com a Revolução Francesa e o Terror, a chamada República cometeu mais crimes, mais execuções, mais homicídios em massa, mais despotismo e mais injustiça do que qualquer outra forma de governação humana no mesmo espaço de tempo histórico. Os records foram feitos para serem batidos. Não abordemos ainda a sanguinária e labrega Instauração da República em Portugal e a sua grotesca Primeira - tempos de guerra civil, de assassinato, de tortura e de furto organizado.
 
Nada disto me agrada: nem democracia, nem república, nem aritméticas pós-eleitorais vergonhosamente urdidas em reuniões (secretas) entre PS, BE e PCP e jamais apresentadas clara e honestamente ao Povo em programas PRÉ-ELEITORAIS, como mandam a honra, a coragem e a decência.

Prezo demasiado a minha Liberdade Pessoal o que me impede de rever-me neste charco de lodo onde chafurdam os 'partidos'; e de enfiar pelos cornos abaixo os seus mandamentos, ordens, regras e "ideais". Vão para a puta que vos pariu.