segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

FRANZ SCHUBERT

 
1799 - 1828
 
Moments musicaux Op.94, No. 1 D780
Daniel Barenboim

 
Moment musical No. 3
Vladimir Horowitz
 
 
 
 
Impromptu in G flat major Op.90, No.2
Vladimir Horowitz

 
Impromptu No. 8
Krystian Zimerman



MUSEU NO PRADO


foto, Paulo Nunes

 
Não adiantam razões, justificações ou motivos perceptíveis para o comum da rapaziada ignara e inculta: Joãozinho Soares, o actual ministro da cultura, não gosta de Lamas; porque Lamas "não geriu bem as reservas (€€€) do CCB" e porque deve ser substituído por "alguém mais capaz e bem mais jovem". Ora Lamas tem 69 anos; e segundo Soares (que tem 66 anos e pertence a um partido que levou Portugal à bancarrota) um tipo assim não pode ser competente. Acresce ainda que o jovem de 55 anos que Soares quer entachar na presidência do CCB é maçon assumido (honra lhe seja feita...), « republicano, anticlerical » e chama-se  Elísio Summavielle tendo sido, desde pelo menos 2007, um instrumental e fiel pau-mandado do PS aventaleiro e em especial da Edilidade-Costa - para quem viabilizou trocas de imóveis, alterações de pelouros, relógios de cuco e clepsidras do Património Arquitectónico; tudo em benefício da CML e das gentes do barrete frígio. Um tipo assim merece recompensa. Apesar de até à data não se ter percebido bem o que tem andado a fazer o ministro da cultura é de louvar que este não tenha esquecido os seus.
A "cultura" de Joãozinho tem sido apenas aferida e validada pelo facto de ter crescido junto à Galeria 111 e ter passado horas, em petiz, a adubar nabos no Horto do Campo Grande. Não que outros anteriores titulares do cargo tenham sido brilhantes quando com ele comparados; mas para A Cultura é necessário alguém com mais curriculum do que viajar de avião e consumir literatura de aeroporto.
 


contra os TRANSGÉNICOS


 
Isto de ter dois pais e duas mães não é um passeio no parque. A Geringonça - pobre coisa híbrida de feições desarmoniosas e humor imprevisível - é cruelmente gozada no jardim infantil, apesar da vigilância e do bom conselho permanente por parte das educadoras às outras crianças. Não seria de esperar outro resultado: o esperma de Jerónimo é ainda viável, mas já velho e cansado; quanto aos óvulos de Catarina a mesma coisa - porque foram segregados por um organismo maduro de mais de 40 anos e a solicitar menopausa a qualquer instante. Restou Costa, que por ser de origem asiática produziu muitos coisitos-nadadores bons para as proles de grande dimensão; isto não foi bom sinal porque Mortágua - por sua vez - atirou para aquela sopa biológica uma herança genética propensa a gerar gémeos e gémeas e/ou géme(o/a)s, sejam eles/elas siameses, todo(a)s diferentes ou toda(o)s iguais. Um risco enorme e um quebra-cabeças constante para os psicólogos do coleginho e para os pediatras da ADSE: ora a coisa sofre de cefaleias terríveis, ora incha-lhe a parte do cérebro mais capaz, ora predomina a herança mais rude e prognata, ora dá a Costa para ter ideias disparatadas. Enfim, um pesadelo.
 

 

...ainda JESUS




a PARTNER FOR LIFE




terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Van der Graaf Generator - 1970



"H to He, who am the only one"
(completo) 


" Ego sum magister tuo... "


 
Por esta altura Pacheco Pereira deve estar orgulhoso do seu trabalho; o trabalho de alguns anos a verter pérolas, a enriquecer, a treinar e a ensinar o intelecto rudimentar de António Costa. N'aquela interessantíssima Quadratura, o PS sempre teve ao longo do tempo alguma dificuldade em colocar um representante pouco mais do que versado em aritmética elementar - isto, desde o desaparecimento misterioso do mui truculento e irrequieto José Magalhães. Com Jorge Coelho deu-se logo uma degradação política e cultural que, junto com o seu assento cerrado de beirão primitivo, não augurava nada de bom aos socialistas na comparação com meteoros cerebrais como PP. Todavia, Coelho era e é esperto; e soube bem - como compete aos espertos e espertalhaços da política - orientar o seu caminho e guindar-se à posição confortável de middleman entre patos bravos e governos socialistas; e facturar muito.
Mas Costa era outro tipo de animal: à primeira vista modesto (como que consciente da sua bruteza), rotundo e dado a frases vazias mas de sonoridade cavernosa, o homem passava o programa "a ver se aprendia" e a "apanhá-las no ar" com o olhar desorientado de aluno cábula e confuso: acabava, mais tarde, por repetir o que os seus companheiros tinham dito - mas balbuciante e contraditório.
Tudo em Costa se mantêm: a desorientação, a ignorância, a trapalhice, a contradição, a crueza do seu diminuto intelecto; mas saltaram espantosamente cá para fora (para quem não o conhecia...) uma vontade e uma ambição desmedidas insuspeitadas no indivíduo. Mesmo PP deve ter ficado admirado. No entanto ao ex-comunista-maoista azedo que é, deve ter agradado imenso a José Pacheco Pereira a capacidade de Costa para "as pontes à esquerda" e para fazer as desfeitas aldrabonas ao tal PSD que nunca lhe atribuiu o devido valor: « - Tomem lá, seus cabrões !... ».
 


papa FRANCISCO BEATIFICA PEDRO nuno santos...



... por construir pontes à esquerda.
 
« - Bravo, hijito, eres un verdadero cristiano ! »
 


FAÍSCA & FUMAÇA


 
« - Dr Costa, o senhor não conhece os números da Segurança Social !!
 
« - Ó Catarina desculpe mas você lidera um mero partido de protesto;
      além disso você sabe "0" de finanças e eu tenho o Centeno comigo.
 


o EMPASTADO ou como Pablo Iglesias tem um primo míope que extrai óleo de girassol


 

LE ROUGE ET LE NOIR ou como Centeno dará em breve entrada num hospício para esquizotímicos tantanzinhos.



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

o VERDE



Ainda há pouco, esta lástima-cognitiva afirmava com categoria - e em directo daquela casa de proxenetas encartados - que "fica claro o que PSD e CDS queriam: era a continuação do empobrecimento do povo e da austeridade; e da continuação do corte de salários iniciado há 4 anos".
Ora fala assim quem é funcionário indirecto do Partido Comunista Português, que não passa ele mesmo de mais uma repartição do Estado; uma repartição que todos os contribuintes têm de pagar para que possa subsistir na prática e simbolicamente uma aberração bolchevique, descendente de anarcossindicalistas-bombistas entretanto falecidos e continuadores (pós-extinção do Capitalismo de Estado da União Soviética) das senhas de racionamento, do Rublo de valor nulo e de hotéis de luxo como a Lubianka.
Aliás, estes não estão sós: cá, a democracia é subsidiada e paga pelo Estado - isto a pretexto de evitar corrupção e dinheiros invisíveis dos grandes grupos de pressão; e consegue-se esse nobre objectivo ?  Não. Fica pois esta mão (muitíssimo) cheia de escroques a viver à conta de quem tem oficinas, escritórios, empresas, lojas, salões de barbearia, pequenos negócios, poucos clientes, padarias, etc. E jamais ouviremos estes cavalheiros falar seriamente em Reformar o Sistema - o Sistema que é para eles uma Igreja onde dispõem de um púlpito para dizer missa e onde os pobres depositam esmolas; como diria um célebre frade inventado por Umberto Eco: « - Desconfia, meu filho, das Reformas da Igreja quando delas fala entusiasticamente a Cúria ».
 


A FAVOR.


 
O OE vai passar. Com os votos a favor de toda a esquerda. Catarina diz "que as medidas respeitam os acordos" e Jerónimo "dirá na especialidade o que tem a dizer": doce conjugação de vontades do totalitarismo estatizante, suave acordo para a extorsão de dinheiro às despenteadas gentes-pagantes, por via de uma carga fiscal directa e indirecta que faria inveja ao mais despótico e cleptómano ditador africano. Assim Costa consegue o seu descanso - pela passividade e pela inércia das entretanto indisponíveis "forças da sociedade civil" (grupos dos 4, dos 5, dos 7, do Manifesto contra o corte dos nossos salários de professores universitários, etc). O Povo que trabalha 17 horas diárias vai calar e pagar - para maior glória e conforto do País dos Funcionários Públicos e dos Artistas circenses do Chapitô, das Artes Plásticas, do Conceptualismo de Bairro, dos Equipamentos Arquitectónicos de que Portugal não precisa e dos Poetas de Pastelaria - todos pendurados nas tensas e mesadas do Reino - perdão - do Regime. António recupera o controlo dos dinheiros e a capacidade do PS-de-Afonso-Costa de comprar, subornar, ameaçar, corromper, dividir pós-assalto, atribuir a este ou àquele construtor ou empresário dos serviços e da propaganda. O grossíssimo Rocha lá estará para brandir a arma; e os Estrelas Vermelhas e Dynamos do Intendente capitalizam enquanto lhes convier: não a bem do País (para o qual sempre se estiveram cagando) mas a bem deles próprios. Pois então.
 

domingo, 21 de fevereiro de 2016

GERSHWIN - preludes for piano, 1926


George (born Jacob) Gershwin 1898-1937
 
 

GEORGE GERSHWIN Prelude Nº2 For Piano in C Sharp minor
by Shura Cherkasski
 
 
 
GERSHWIN plays his Prelude No2 in C Sharp minor
 

 

ART DECO: a belíssima NITA NALDI and Exotic Dances 1925


Nita Naldi 1922
 
1925 Exotic Dance
 
 
Nita Naldi, born Mary Dooley, 1897-1961
 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

É PÁ, A MIM NÃO !...


« - Não há estrilho ó Beleza, t'amos bem !
 

UMBERTO ECO 1932-2016


 
 
“ – Aí está; talvez a única verdadeira prova da presença do Diabo seja a intensidade com que todos naquele momento aspiram sabê-lo na obra… ”


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Van Der Graaf Generator - 1971


 
Pawn Hearts (completo)
 


FRANCIS & Co



O Papa Francisco I disse que "Donald Trump não é um cristão porque quer construir muros em vez de pontes". Foi arrebatador, foi categórico, foi apostólico - mas foi mal. Por mais reformista e transparente que Francisco seja e por mais modesto que seja o quartinho que resolveu habitar ou discreto o automóvel onde é conduzido, o Papa não se pode esquecer de que é um Chefe de Estado (é um Monarca eleito e Coroado), de que tem Nunciaturas abertas e diplomatas por todo o Mundo, de que tem tratados e Concordatas com vários países; e como tal, deve abster-se de interferir ou comentar eleições democráticas e candidatos presidenciais de outros Estados Soberanos; pelo menos é o que recomendam a prudência, a temperança e a boa educação (virtudes...). Mesmo que o candidato seja Trump; mesmo que Trump ignore o que é o Mundo para além de NYCity ou seja delirante: já não seria a primeira vez nos EUA um fenómeno similar.
Dá-se também o facto supra cómico de que se o Herdeiro de Pedro declara Trump um não-cristão, está ele próprio a excomungar Trump - ou seja, a destruir uma ponte ou a construir um muro de forma radical, declarando o homem desprezível e indigno de companhia. Acresce a isto que Sua Santidade ainda não deve ter prestado muita atenção ao lugar que habita e à Cidade onde mora: A folclórica Guarda Suíça tem por de trás outros homens de fato e gravata, armados com pistolas automáticas de alto calibre ('muros'...); Roma é cercada por velhas muralhas e portas flanqueadas por torres que subsistem após mais de 1700 anos; e a Cidade do Vaticano é a designação eufemística de uma colina Fortificada protegida por Muralhas Abaluartadas, bem visíveis a quem visita os Museus e no perímetro ilustrado supra. Além disso, o Museu do Vaticano tem também um número apreciável de outros guardas e estes não estão lá para tarefas turísticas (mais 'muros'...).
Trump é um doido radical - mas está a disputar eleições num país de cidadãos doidos radicais desde o Vermont até ao Texas, e ao menos dá mostras de querer "fazer alguma coisa para resolver problemas" ainda que sejam desagradáveis ou enormidades aparentes: sempre é mais meritório do que não fazer nada ou não falar nos assuntos quentes. Dizer "que sim" a todos os refugiados e imigrantes é uma atitude meiga - sem dúvida - mas à qual apenas um Papa se pode dar ao luxo.
Salientamos também, sem qualquer malícia ou sombra de crítica, que no decurso das suas obrigações de Estado e Ecuménicas Sua Santidade é por vezes vista na companhia de personalidades de índole mais do que duvidosa.
Alguém me disse, aquando da eleição de Francisco "que este Papa era um grande progresso em relação a Bento XVI porque comunicava bem, e ser Pontífice era em primeiro lugar comunicação". Concordo. E Francisco esteve mal porque devia ter estado calado.
 
Sem beijar o anel esplêndido e puro de Vossa Santidade,
 
Besta Imunda



a GALHARDIA MACHA de COSTA ou como Costa lembra que não pode despedir Costa



António Costa, tomado ontem por um assomo de testosterona política e 'impaciente' com Carlos Costa (que lhe estragou o cenário contabilístico com as suas partes gagas na regulação) veio recordar aos écrans "que não pode demitir o Governador do BdP pois este goza de um estatuto especial". Como quem diz: "senão já lhe tinha ido às trombas". Achei muito bem. O Bloco e as tontas da Rua da Palma gritam, entretanto, pela auditoria secreta ao Regulador - onde fica provado que Carlos Costa foi um bidé, e como tal é passível de ser pontapeado. Assim é o tom e "a linha" desta recente Comissão Parlamentar.
Mas se formos recuar apenas alguns escassos anitos verificamos que as comissões, as auditorias e os apuramentos ficam-se sempre pelas águas malcheirentas do bacalhau magro: Vítor Constâncio - indiferente, amnésico e impudente - desfilou e perorou sem incómodo de qualquer espécie por aquelas salinhas na AR onde o acesso à imprensa é restrito e de onde saem notícias devidamente montadas e editadas. Outros tempos. Carlos Costa, tal como a maior parte da Regulação do BdP à CMVM, não tem equipa, não tem vontade, não tem meios, não tem competência. Mas pode ficar tranquilo: no limite, não será reconduzido e reformar-se-á principescamente.
Quanto ao Costa-António, parece um bode reprodutor e territorial, que protege o seu pissing ground e investe a esmo; ou melhor: um daqueles carneiros lanzudos - do tipo merino - que arrasta um par de pendurezas pelos prados enquanto agita o crânio armado e vai lançando o olho macho às cordeirinhas. Muito cuidado Sr Ministro da Agricultura e gentes do Alentejo; a inauguração da OVIBEJA é já em Abril, e se Sua Excelência, o Primeiro, entretanto não se acalmar, poderá não estar em condições de uma visita oficial sem pôr em perigo rebanhos, pessoas e vedações.
 

MIRAGE 2000-5E/F, 2000D, 2000B


Mirage 2000D e 2000-5F, foto Djamal Devos

Mirage 2000-5E, Força Aérea de Taiwan (Republic of China Air Force)

Team FORCE 4 em Mirage 2000B/C

Mirage 2000D, foto Titan Miller
 
Mirage 2000B, Armée de l'Air
 

perfis por autor desconhecido

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A MODERNIZAÇÃO do PCP TEM LIMITES, e a apresentação de propostas ao Comité Central não está a correr nada bem...


young tattooed Stalin, by Iseldelth
 
por Besta Imunda
 
... há coisas que, pura e simplesmente, não devem ser forçadas. Os próximos tempos de convivência insana com Costa e contranatura com o Bloco ditarão a resistência dos velhos comunistas: ou conseguem aguentar a coisa, ou a cada instante poderá dar-se um massacre.

SANTÍSSIMA TRINDADE



 
A política dos golpes tem custos
Económico
por André Abrantes Amaral
 
« Todo o bom negociador sabe explorar a fraqueza do interlocutor. Costa sabe-o e fá-lo sem problemas. Foi assim que chegou ao governo; é assim que governa.
Portugal tem sido alvo de uma série de golpes: primeiro, os responsáveis pela situação calamitosa do país indignaram-se com as medidas implementadas para resolver os problemas que criaram. Em seguida, aproveitando a suspensão da democracia por seis meses e com variadíssimos argumentos a justificar os seus actos, chegaram ao governo, apesar de terem perdido as eleições. Por fim, têm repetido as políticas que conduziram o Estado à bancarrota, mas que beneficiam, a curto prazo, a base eleitoral em que se apoiam. O objectivo é, com o erário público, dramatismo e demagogia à mistura, assegurar o voto que lhes garanta, em eleições a realizar o mais proximamente possível, a legitimidade política que não têm.
Perante tácticas deste género, fica-se atordoado e pasmado: não é possível tanta irresponsabilidade. A que se soma as pessoas não se conhecerem umas às outras, pelo que levam tempo a reagir de forma concertada. Todo o bom negociador sabe explorar a fraqueza do interlocutor. Costa sabe-o e fá-lo sem problemas. Foi assim que chegou ao governo; é assim que governa.
Claro que há custos. Ultimamente, têm-se referido os económicos: com os juros da dívida pública a acompanhar a subida da despesa, é de esperar mais austeridade: aquela a que o PS prometeu colocar um ponto final; mais impostos: precisamente os que Costa prometeu não subir. Significa isto que, com o actual Governo, vamos pagar mais impostos, mas ter menos serviço público. Mais impostos e menos Estado social.
PS, PCP e BE estão a pôr em causa o esforço dos portugueses nos últimos quatros anos. Infelizmente, a par do económico temos ainda o custo político. Qualquer democracia se baseia na confiança. Ora, o que é feito da confiança quando o partido que perdeu eleições é governo e toma medidas contrárias ao que prometeu durante a campanha eleitoral? O que resta da confiança quando o Orçamento de Estado é um logro que engana os portugueses e as instituições europeias? Quando o Governo compra a TAP com o nosso dinheiro e coloca na administração homens próximos do primeiro-ministro? Quando os socialistas agem como se fossem inimputáveis? A democracia é algo frágil que devemos proteger. Definha se não estivermos atentos. Os golpes são inúmeros e os mais perigosos são aqueles a que não se dá a importância devida.
Assistimos, por estes dias, aos primeiros sinais de um totalitarismo de esquerda: a compra da legitimidade política através do favorecimento por via dos dinheiros públicos, a vitimização, o dramatismo mediático, o insulto fácil, a imposição dogmática de políticas de cariz ideológico com elevados custos para todos. O país está a brincar com o fogo. Pergunto-me o que restará quando António Costa desistir da aventura em que nos meteu. »
 
Não se pense, portanto, que Costa por um instante se esquece dos seus e a quem deve os favores; o único programa bem definido não era obviamente o eleitoral ou o partidário e sim o de retomar pelo assalto todas as benesses e poleiros, com tanta amargura perdidos  aquando da bancarrota do PS de Sócrates. Quanto às gentinhas úteis e ideologicamente instrumentais do PCP e do Bloco não sei se se contentarão com pouco ou sequer se aceitarão muitas prebendas escandalosas de visíveis; no entanto devemos estar atentos ao precário equilíbrio de ódios e de disputa de votos à esquerda protagonizados por estes dois - de quem Costa tem um certo receio: o BE pode a todo o instante dar mostras de poder canibalizar parte do PS assim como do PC, uma dor de cabeça para os socialistas e um acesso de fúria cega e imparável para Jerónimo.
 

NEWTON, the cat


 


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

NOVA CAMPANHA do MINISTÉRIO DA SAÚDE


por BI

 

DESAPARECIDOS de CASA DE SEUS PAIS


 
Apesar de não serem os únicos na lista de pessoas entretanto remetidas ao silêncio, este grupo de indivíduos preocupa consideravelmente a PJ e a Interpol devido ao seu paradeiro desconhecido - a tal ponto que fazemos aqui eco de um apelo à escala nacional e junto da diáspora portuguesa:
 
« Comunicado da Polícia Judiciária: Desde o passado dia 24 de Janeiro estas pessoas nunca mais foram vistas, quer por familiares quer por amigos. Pede-se especial atenção do público às entradas do Lidl, a gares marítimas, cais desertos e estações de comboio. À altura do desaparecimento envergavam roupas cinzentas e sofriam de perturbações mentais. »
 


MORTE ZEN


 
 
Vi e ouvi ontem de fugida, no Odisseia, no NG, no Discovery (pouco interessa) que «... na base do Monte Fuji há um vasto e misterioso bosque chamado significativamente de Floresta do Suicídio.» Aparentemente, quem alguma vez entrou jamais foi visto; a 'notícia' foi correndo ao longo dos séculos e milhares de kamikazes sociais, desde então, deram em penetrar decididamente no mortal dédalo - de matéria córnea apontada p'rá frente: até agora, êxito total.
Julgo tratar-se de uma excelente maneira de satisfazer o desejo de morte assistida que o fracturante e azougado Bloco tem andado a agitar - como uma genuína necessidade urgente da Nação. A coisa terá sem dúvida os seus benefícios, que não são de desprezar: em vez de infindas e dispendiosas avaliações por comissões de juristas, de ética e de psiquiatras do estado mental do suicida-persistentemente-deprimido-que-quer-assistência-tranquilizadora, compra-se simplesmente ao requerente um bilhetinho só de ida (em classe turística) para a bendita ilha japonesa: o preço não deve ser assim tão elevado, e está garantida uma morte zen que a todos satisfará pela rapidez do processo, pela economia, pela estética e pela espiritualidade fascinante do Oriente.


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

" it smells like... Victory."





O ZELADOR


por BI

« Em entrevista ao Observador, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, explicou alguns detalhes do Orçamento - principalmente, claro, os aumentos de impostos. Memorize esta frase: "A tendência geral da consolidação orçamental não se fará pelo aumento da receita fiscal até porque as possibilidades estão em grande parte esgotadas". »
 

"OBRA a OBRA", SIRESP, IRS, SISA e PEPINOS - que é bom começar a torcer logo de pequeninos.



Com o seu feitio bojudo de pote vidrado da política, o seu à-vontade abúlico perante todas as situações, graves ou não; e dadas as várias peripécias urbanísticas que protagonizou junto com arquitectos aventaleiros quando na CML, Costa é um daqueles tipos cuja popularidade e perfil lhe permitem agir, governar e afirmar sem qualquer incómodo por parte da imprensa e dos comentadores serventuários. A sua tranquilidade e método são tais que julgo tratar-se de um instintivo, um daqueles homens de quem n'O Coliseu ou n'Os Alunos de Apolo se diria com admiração: "de pequenino se torce o pepino".
 
 
Não sabemos bem o que Guterres (outro António) terá visto em Costa para o fazer seu Ministro da Justiça. Certo é que, tal como Vitorino e mais tarde Santana Lopes, Costa se viu envolvido numa notícia de malandrice fiscal para a qual arranjou as explicações supra-documentadas e que estão perfeitamente na linha das socráticas "não é meu, é da minha mãe", "não são meus, são do meu amigo" e "não fui eu, foi o João Perna". Adiante. Não aqueceu o Lugar na Justiça - o que foi uma pena dadas as suas fantásticas aptidões - mas viria a ser titular da Administração Interna no Governo Pinto de Sousa.
 
 
 

Dado que temos uma nojenta liberdade de imprensa e de expressão, vêm pontualmente à superfície babugens e lodo deste género aqui colocado - acerca de um amigo de Costa. Manifestamente, trata-se de obra maligna: afinal, de entre os numerosíssimos amigos que tem, Costa não pode saber o que tramam na intimidade e responder pelas suas eventuais malfeitorias. A mim, jamais acontecerá tal notícia pois tenho poucos amigos e são todos pelintras pagadores de impostos.
 
Mas a grande questão que para mim torna Costa um mistério foi a sua negociação e posterior adjudicação (2007) a um consórcio de empresas representadas pela SLN de Oliveira e Costa para fornecimento e instalação do bendito SIRESP (Sistema integrado das redes de emergência e segurança de Portugal). A coisa (proposta...) era tanto mais extraordinária porquanto já tinha sido dada com cambalacheira por parte de uma comissão ainda organizada no tempo de Guterres: aparentemente "o preço da proposta vencedora do concurso era 5 vezes superior ao das restantes - que perderam (!!!)". Escusado será dizer que à proposta ganhadora estavam ligados os nomes pardacentos e criminais de Dias Loureiro, Daniel Sanches e outros artistas da SLN além do próprio Oliveira e Costa - todos já investigados, à época, por suspeita de branqueamento de capitais e fraude fiscal.
Costa, como ministro,  num primeiro momento anulou o negócio com estes cavalheiros; mas "uma vez que o concurso ainda estava válido" (o que eu não sei o que significa...) resolveu negociar com 'eles' e passar de um preço de 485 Milhões de Euros para um outro mais baixo de 435 Milhões "perdendo algumas funcionalidades". Isto para um Sistema de Comunicações da República que estaria avaliado inicialmente apenas em 97 a 100 Milhões.
Provavelmente o Sistema já está obsoleto e foi substituído por smart phones ou sinais de fumo. Mas deve ser a esta capacidade fantástica de poupar 50 Milhões numa vigarice de 500 que só valia 100 que Costa deve o seu justíssimo epíteto de O Negociador. Acredito plenamente que nem PS nem PSD ganharam para as suas máquinas partidárias e queridos o que quer que fosse destes milhõezitos - tão poucochitos.
 

Jerónimo considera RICOS os portugueses que vivam em casas com mais do que uma divisão.



 
Trata-se de obter dinheiro à força, à pressa, a tempo de fechar o OE e aproveitar para dar uma lição a todos os fascistas, latifundiários, grandes proprietários e exploradores dos trabalhadores: Jerónimo acaba de tornar público que considera os portugueses que são proprietários (ou estão a pagar ao banco...) luxuosos imóveis no valor de €100.000,00 como "ricos"; e como tal devem ser punidos com uma carga (canga) fiscal a condizer - de modo a financiar a nossa Sociedade Socialista. É a sociopatas delirantes como este que Costa resolveu unir-se "de modo a repôr a Justiça Social e acabar com a Austeridade".
 


o VELHO, o RAPAZ e o BURRO.



 
Costa é um daqueles fura-vidas sem qualquer tipo de vocação ou préstimo para o que quer que seja, que muito cedo descobriu uma toca confortável na juventude partidária do PS; e daí para a frente foi sempre a singrar. Enquanto rapaz físico, biológico e político agitou-se o suficiente para que o seu servilismo interno fosse notado e acarinhado no partido. Deu certo. E em 93 ei-lo a disputar a Câmara de Loures à CDU - com o arrojo e o atrevimento dos simples: a competição barraqueira que organizou na Calçada do Carriche entre um Ferrari e um jumento não lhe deu a vitória nas eleições mas pô-lo definitivamente no mapa da paupérrima política portuguesa e dos episódios lamentáveis que as TV's transmitem para deleite das gentes idiotas. Mais golpe menos golpe, mais insinuação menos graxa, mais traição menos punhalada, têmo-lo governamentável e ministeriável pela mão católica de Guterres e pela luva roubona de Sócrates. Videirinho, saltitando de cargo em cargo e de Pasta em Pasta, Costa não sabe nada de nada e parece de nada saber; ou seja, é o protótipo do político atrevido e com voz de recipiente mesmo feito à medida do momento de mentira e de batota que actualmente vivemos e que o PS-de-Afonso-Costa-e-de-Mário-Soares tão bem soube aproveitar: o Rapaz (já o segundo na escolha...) estava à altura do momento - agora que o descaro e o sorriso alvar eram essenciais para baralhar o Povo e os media. Com a mesma desfaçatez maquiavélica com que apoiou Seguro, Soares - dito "o Velho" - troca sem hesitação de "Rapaz"; e limpava ainda o sangue da lâmina da adága quando voltou publicamente a sua ternura política para "o outro Rapaz" - este, cheio de potencial e promessas, e com a enormíssima vantagem de já contar no seu palmarés com um Burro e ser um casca-grossa de nascença. Melhor não era possível. "Desta massa se fazem."
 

Professor ZEMPF