Este fim-de-semana deu-se mais uma daquelas funções organizadas por Sócrates em benefício dele próprio, e que fazem parte do espectáculo saltimbanco de queixumes contra a Justiça e de ameaças a tudo e todos montado por ele - esperando uma "vaga de fundo" ou talvez arrebanhar um exército de fiéis que possam vir um dia a assaltar uma Bastilha qualquer para o libertar.
Desta vez tentou, ou ensaiou, uma nova modalidade - visto nem sempre estarem disponíveis espaços dignos das suas comunicações-comício do género pirotécnico e de alta tecnologia: o simples jantar ou almoço de desagravo. É bom porque o singelo anúncio de uma refeição é a todos simpático e lembra logo vinho tinto e costeletas de porco. No entanto - porque a vida está cara e a bolsa da senhora-sua-mãe tem limites - Sócrates resolveu cobrar €25,00 por cabeça a todos aqueles desejosos de ver o Querido Líder em carne e osso e de sorver as suas frases branco-pérola.
Como cordão de amizade solidária Sócrates obteve, entre outros apoios menos famosos, o friso supra representado - uma boa colecção de velhos trombones, mas ainda cheios de vitalidade e lucidez. E ele sabe bem que entre alguns deles a fidelidade é real porque - tal como ele - seriam também excelentes candidatos a ocupar um celazinha em Évora.
A psicopatia neurótica, narcísica e colérica de Sócrates tem ou terá, todavia, momentos de clarividência - ainda que raros; nessas alturas é tempo de o preso 44 'desarmar a tenda', pagar as despesas e a cozinheira e perceber que, no PS, não será tão depressa candidato ao que quer que seja - dada a sua toxicidade política. Desanimador...
