Na TV, o "ÚLTIMA HORA" costuma preceder, ao Domingo à noite, a terrivelmente ansiada informação "Benfica-1 Freamunde-0" ; ou então a curta notícia de um trágico acidente ou catástrofe natural com mortes - especialmente se for de dia a uma hora incaracterística.
Desta vez, porém, quando vi o rodapé "ÚLTIMA HORA" e apareceu o nome de Adriano Moreira, confesso que temi pela vida (pela saúde) do Sr. Professor. Felizmente 'não era nada disso': apenas que o CDS/PP tinha apontado o seu nome para Conselheiro de Estado.
E é bem: com 93 anos, uma saúde de Ferro e total disponibilidade - que assegura a sua presença em Belém em menos de 20 minutos - Adriano Moreira, ex-Ministro das Colónias, é um tranquilizador nome; um garante de experiência e de bom senso neste País completamente sem mais ninguém. Até porque a sua qualidade de paleo-ministro de Portugal e de cripto-esquerdista transformam-no automaticamente num daqueles conselheiros tão consensuais e tão omniscientes que é como ter à mesa do Conselho um cruzamento entre o 'ENIAC Mk I', as Tábuas da Lei, a Máquina do Tempo e o Manual da Insurreição Armada por Vo Nguyen Giap.
É que não havia mesmo mais nenhum nome. Tolinhos.
