terça-feira, 29 de dezembro de 2015

BATER EM MORTOS - ainda o piropo.


 
Desde que os primeiros antropóides de planície desenvolveram sons guturais diversos e articulados, existe o piropo; e as fêmeas da espécie parecem ter conseguido resistir de boa saúde a esses milhões de anos de humilhação e objectificação sexual – ou lá o que é. Ao longo de milénios a labreguice dos machos tem sido ofensiva e desagradável – mas também uma forma eficaz de, em sociedades pouco sofisticadas, comunicar à fêmea intenções de reprodução e mesmo elogios. Claro que na maior parte dos casos se destina apenas à auto-satisfação exibicionista – tal como o Guarda-Rios ou o Pintarroxo-de-papo-vermelho. Adiante; julgo que nesta altura dos trabalhos, com os telefones, a Net e o FaceBook, já não subsistem verdadeiros perigos de enchentes em hospitais psiquiátricos com marés imparáveis de mulheres traumatizadas pelas falas dengosas do trolha e do camionista. Ou seja, o assunto (“o piropo”) estava defunto; e inofensivo como uma couve.
A exumação do piropo como flagelo da Humanidade e da Civilização foi obra, como não podia deixar de ser, de um pequeno bando de mulheres azedas, desocupadas, secas, estéreis e feias que vão errando e vadiando pela esquerda – com particular incidência no Bloco, onde acabou por ir parar (dar à costa) uma belga ou holandesa radicada neste belo jardim meridional; e que trouxe da Flandres como ideia esse extraordinário projecto-lei de carácter repressivo, correctivo, reeducativo. Estas tipas da estrela vermelha sofrem de complexos de ausência de pénis – nelas próprias ou nas proximidades; foram eventualmente apodadas, na escolinha, de cus-de-bomba ou mamalhudas – e a sociedade tem de pagar por isso.
É típico desta gentinha fazer aprovar leis ineficazes na prática, mas que são depoimentos políticos ou sentenças sociais – imprimindo assim ao bem comum uma feição bem progressista (moralista). O piropo e os seus destiladores-praticantes passam assim à nazificada categoria fisionómica do nariz-adunco-em-bico-de-papagaio do judeu típico: uma forma fácil a todos e todas de distinguir as plantas ruins. É como bater em mortos; e “elas” adoram.
 
 
 
Esta música, tal como 99% da música cantada, é um total piropo do princípio ao fim; espero que não entre agora num Index do BE e das secas feministas, ou mesmo que seja proibida - tal como na Coreia do Norte:
 
 
Senão, vejamos traduzidas algumas passagens da letra:
 
 

« Boom, boom, boom, boom (… meu Deus !!):
 
Vou abater-te,
Vou levar-te comigo, vou pôr-te na minha casa,
Adoro ver-te caminhar,
Adoro ver-te esfregar o chão para cima e para baixo,
Adoro essa conversa de boneca, adoro quando me falas assim,
tu dás cabo de mim,
Adoro quando caminhas assim e quando falas assim na minha orelha,
Adoro essa conversa de garota, etc, etc. »