Costa é um idiota, já era por demais sabido. Como se ainda restassem algumas esperanças de ver o governo enveredar, agora de início, numa trajectória calma e mais ou menos perceptível estas foram totalmente dissipadas com a ameaça de (re)nacionalização da TAP; assim como da anulação de outros contratos-conceção e vendas levadas a efeito anteriormente. Teimosia parvinha do dr Costa que, esperto como é, julga estar ao mesmo tempo a agradar ao PCP, a preservar a "independência nacional" (autêntico...) e a cumprir uma espécie de desígnio ou promessa de esquerda feita irresponsavelmente em campanha. Devia, isso sim, estar secretamente agradecido à "direita" que se sacrificou publicamente com esse pecado mortal (as privatizações) obtendo a verba possível para deixar de pagar os desvarios e prejuízos absurdos das empresas de transportes; assim como o fim da ditadura da Intersindical/PCP - que impunham greves por tudo e por nada. Mas nada disso: 'Ele' é o da 'confiança'; e agora também o da 'esperança'.
O tempo eleitoral foi de facto propício a Costa: confuso, de vitória não clara ou mesmo de derrota (como foi o caso...) para o PS, pouco dinheiro para governar, roubar e subornar, vigilância do BCE, um certo reconhecimento por parte do Povo de que as políticas-passos surtiram algum (pequeno) efeito; ou seja: ninguém no PS queria claramente ir governar - ainda por cima com o apoio envenenado do PC e do BE. Mas a Costa, tal como os vermes se desenvolvem em condições especiais, tudo isto conveio e serviu como uma luva. Até porque tudo foi acontecendo sem qualquer estratégia ou planeamento; exactamente como seria de esperar num processo onde ele fosse o protagonista. Sem programa, sem trajectória, sem coragem, sem objectivo, sem razão; apenas para salvar vergonhosamente a pele dando saltos bruscos e guinadas à peixe-porco. O vácuo mental absoluto. Da estupidez, até os deuses têm medo.
