Não é fácil a candidatos presidenciais oriundos da esquerda tentar agradar ao centro ou à direita quando está em causa qualquer situação de imperiosa 'vitória logo à 1ª volta': como actuar ? E o que fazer para cativar ou sossegar gente naturalmente conservadora e apreciadora da estabilidade económica e financeira (pequenos luxos patetas...)? Maria de Belém ensaia o seu número de avozinha pirosa vestida à base de echarpes e enfeitada com quinquelharias compradas na Palhavã - mas todo o conjunto, embelezado por cabeleireiros ineptos, é um péssimo resultado. E Edgar ou Marisa ? será suficiente para catar votos ao centro pô-los a fumar charuto (como Isaltino ou Jardim) ou a brandir ostensivamente carteiras Gucci e Rolexes dourados nos pulsos peludos? Claro que não.
Mas até Cavaco - no que toca a confraternizar com o povaréu - conseguiu às tantas exumar da arca dos adereços uma inconcebível boina, assim uma espécie de cruzamento entre a assinatura de Ché, uma Basca separatista e a cobertura habitual do zé-dos-anzóis que costuma vadiar no Torel: 'isto' é o chamado disfarce (camuflagem) popular ou 'pupolarizante' da direita tradicional.
Como é evidente Marcelo anteviu tudo isto e já estava preparado, desde Setembro: a Cavaco bastou uma boina pequena, pois é portador de um cérebro de tamanho reduzido e económico no consumo de Calorias; mas ele - Marcelo - tem um cérebro que gasta muitíssimo aos 100 e que tem episódios súbitos de inchaço brusco e quase imparável - tal é o brilho da sua mente inteligentíssima.
Não lhe bastava uma boina qualquer; então dotou-se cuidadosamente de uma bem grandinha e bem quentinha.
Marcelo está deste modo preparadíssimo para uma rigorosa Campanha de Inverno: onde Hermann
von Buxhövden, Napoléon Banoparte e Ernst
von Paulus falharam, Ele triunfará !