Belém Roseira não aguentou a campanha, a previsível
agressividade dos media, o confronto
dos debates de ideias - onde nunca se
discutem ideias - e as intrigas dentro do próprio PS: “ignóbeis” no dizer de
Alegre e visando “o assassinato político”. Esta última frase, mais do que repisada por cadastrados como Sócrates, Isaltino
ou Vara, nunca poderia ser aplicada a Maria de Belém pois que para haver um
assassinato é necessária em primeiro lugar uma vítima viva, e Belém estava politicamente
morta desde o início. Junto com ela (e Alegre) um friso de trombetas cheias de
verdete e tom roufenho – Vera Jardim, Joãozinho S, Jorge Coelho, Marçal Grilo, João
Proença assim como o falecido Almeida; mas também Tó-Zé e Assis, estes dois
mais a medo e fora da fotografia. Quem esteve, isso sim, bem no primeiro plano ontem
mostrando impudicamente a sua crassa figura foi Vitor Melícias – esse esteio da
caridade que o Papa Francisco I mandaria de bom grado emparedar numa cripta
bafienta.
Tudo a esta pequena senhora saiu mal; muito
mal. Deste seu lamentável episódio político ficam fotografias de visitas a
fábricas: uma de louças sanitárias e duas de produtos alimentares, onde é
captada para a posteridade empunhando salsichas e legumes de formas sugestivas.
Miserável.