foto, Paulo Nunes |
Não adiantam razões, justificações ou
motivos perceptíveis para o comum da rapaziada ignara e inculta: Joãozinho
Soares, o actual ministro da cultura, não gosta de Lamas; porque Lamas
"não geriu bem as reservas (€€€) do CCB" e porque deve ser
substituído por "alguém mais capaz e bem mais jovem". Ora Lamas tem 69 anos; e
segundo Soares (que tem 66 anos e pertence a um partido que levou Portugal
à bancarrota) um tipo assim não pode ser competente. Acresce ainda que o jovem de
55 anos que Soares quer entachar na presidência do CCB é maçon assumido (honra
lhe seja feita...), « republicano, anticlerical » e chama-se Elísio Summavielle tendo sido, desde pelo
menos 2007, um instrumental e fiel pau-mandado do PS aventaleiro e em especial
da Edilidade-Costa - para quem viabilizou trocas de imóveis, alterações de pelouros,
relógios de cuco e clepsidras do Património Arquitectónico; tudo em benefício
da CML e das gentes do barrete frígio. Um tipo assim merece recompensa. Apesar
de até à data não se ter percebido bem o que tem andado a fazer o ministro da
cultura é de louvar que este não tenha esquecido os seus.
A "cultura" de Joãozinho tem sido
apenas aferida e validada pelo facto de ter crescido junto à Galeria 111 e ter
passado horas, em petiz, a adubar nabos no Horto do Campo Grande. Não que
outros anteriores titulares do cargo tenham sido brilhantes quando com ele
comparados; mas para A Cultura é necessário alguém com mais curriculum
do que viajar de avião e consumir literatura de aeroporto.