sexta-feira, 27 de maio de 2016

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a falência do bordel
by rui a.     (Blasfémias) 
 
 « Só para não ir ao charco, a Caixa Geral de Depósitos - o banco que todos os portugueses pagam, mas de que muito poucos beneficiam - precisa da minudência de 600 milhões de euros, até ao fim do ano. O governo Costa está absolutamente empenhado em levar por diante essa patriótica missão, com o dinheiro dos contribuintes, naturalmente, já que o dinheiro que o governo tem - e usa - é, caso não saiba, única e exclusivamente, o o seu e o meu.
Para o que interessa, fica a estranheza de ver falido, tal e qual a maioria dos nossos bancos privados, um banco público, que foi sempre gerido por abnegados gestores públicos, os tais que não se movem pelos mesquinhos interesses dos Salgados e dos Rendeiros, mas pelo bem de todos nós. Na verdade, por lá passou a elite financeira dos nossos partidos, pessoas como Rui Vilar (PS), João Salgueiro (PSD), António de Sousa (PSD), Manuel Jacinto Nunes (?), Faria de Oliveira (PSD), Vitor Martins (PSD), Carlos Santos Ferreira (PS), que presidiram ao seu Conselho de Administração, não esquecendo outros talentos com elevados cargos no Conselho de Administração, como Armando Vara (PS) ou Celeste Cardona (CDS).
A diferença entre a falência da Caixa e dos outros bancos portugueses que tiveram problemas nos últimos anos é que, nestes últimos, houve responsáveis e responsabilizados: Ricardo Salgado, João Rendeiro, Jardim Gonçalves, Oliveira e Costa, só para referir os mais mediáticos. Podem até os processos não dar em nada, mas, para já, nenhuma destas ilustres personagens ficou como estava. E na Caixa, quem é que responde pela falência do bordel? »