Pacheco Pereira tem mais do que um púlpito na Sic; e protagoniza frequentemente conferências, lançamentos e debates. Como é um tipo sabedor e apreciado em vários meios - sejam eles académicos, jornalísticos ou políticos - Pacheco tem atenção garantida e o ego afagado: ele, a sua linhagem, o seu percurso e a sua famosa biblioteca aparecem sempre aqui e ali, salpicando as páginas dos semanários, destacando pelas citações sonantes que lhe são feitas e por fotografias de um expressionismo simpaticamente contemporâneo.
No entanto persiste-lhe uma tormenta que o frusta e perturba - levando-o a uma à raiva surda interior que ele se esforça por manter secreta, mas que por vezes é indisfarçável nas TV's: É que por mais queixumes que ele faça regularmente acerca do PSD dos Barões (que não lhe deu o devido valor...), por maior que seja a desfaçatez com que critica e ridiculariza Passos, e por mais mordaz que ele seja nas suas abordagens ao Partido, feitas desde sempre na Quadratura, este insiste em não lhe ligar importância - não lhe instaurando nenhum processo e não o expulsando.