quinta-feira, 15 de outubro de 2015

OS PARTIDOS QUE PAGAREMOS

 
 
PàF (89+18=107 deputados): Coligação dos dois partidos chamados “de direita”;                           sós (PSD) ou coligados, já estiveram várias vezes no poder. Chefias dinâmicas e relativamente jovens (Portas é perigoso e inteligente); rejuvenescimento das bases levado a cabo com sucesso. Ainda presas de máquinas partidárias pesadas, de caciquismos locais, de clientelismos e tachismos que impediram verdadeiras reformas nesta legislatura. Passos fez sofrer o Povo e se tivesse “reformado” verdadeiramente, talvez a fatia desse Povo afectada fosse menor. Resta saber se de facto isso estava nos seus objectivos. Desastrados, por vezes insensíveis, estes partidos têm demasiados Tios e Tias e são considerados por politólogos credenciados como “pelo menos, a Direita mais estúpida da Europa”. Em termos da avaliação, utilizando o padrão Crime Organizado, podem ser classificados de Calabreses – por serem campónios, azeitados e não roubarem o suficiente, ou fazendo-o de forma primitiva.
 
 
PS (86 deputados): O partido que conta com o mais opulento revestimento de delinquentes do chamado “arco da governação”. Figuras influentes envelhecidas e vestidas de escuro; chefia actual completamente delirante e sebácea. Já governou o País muitas vezes e tem-se governado muito bem a si mesmo e aos seus membros. Auto-denominado “Partido de Esquerda”, porque desse modo uma larga fatia do Povo gosta deles e os empresários e banqueiros atiram-lhes olhares mais doces. A força da tendência “Zé Sócrates - Paulo Campos - Pedro Pereira”, que conduziu recentemente Portugal à bancarrota, mantem-se poderosa ensombrando o partido. Sedentos, desejosos, louquinhos, raivosos por recuperar o poder de modo a esconder melhor os rabos-de-palha deixados em plena luz do dia. Pelo padrão Crime Organizado, podem ser classificados como Sicilianos (urbanos, mais cruéis, mais sofisticados, muitíssimo mais eficientes no rouba-a-rir e têm melhores alfaiates).
 
BE (19 deputados): Fundado pelo Torquemada-Louçã e por tipos inapresentáveis de sectores isolacionistas pró-Albânia de Enver Hoxha; com base principalmente no PSR e na UDP (além de outros nano-partidos). Louçã reformou-se e as duas raparigas tomaram conta da coisa: jovens, combativas, agressivas e eficazes (Louçã deve estar com ciumeira…). Força política muito urbana, muito jovem, muito progressista, muito alternativa, muito de esquerda, muito dos afectos, muito justiceira, muito abortadeira, muito parva. Catarina era actriz e não sabe peva de Economia ou Finanças (ou seja do que for…); mas Mariana é economista-doutoranda, inteligente e acutilante; e apertou os tintins ao Tio-Salgado e também deu umas lições a Catarina. Provavelmente, ainda vêm um dia a confrontar-se neste protagonismo de águia bicéfala albanesa. O Bloco captou à esquerda gente descontente; e patetas que acham giro haver uma força trotskista (“mas afinal, quem é esse  gajo?”). E insuflou. Catarina tem os olhos bonitos e está mais senhora; Mariana é gira e a Playboy quer fotografá-la. Em termos criminais, poderão ser classificados como beneficiários-do-sistema.
 
 
CDU (15+2=17 deputados): O partido das pessoas tristes, dos reformados, dos ressabiados e revoltados, dos disciplinados e organizados e dos velhos de todas as idades. Na verdade, uma coligação entre o estalinista PCP e o satélite-artificial-PEV (criado uma noite no Comité Central, ainda na Guerra Fria, para que Cunhal pudesse beneficiar dos movimentos europeus de homens desgrenhados e mulheres nuas que se deitavam no caminho das plataformas de lançamento de mísseis Pershing II americanos espalhadas pela Alemanha nos anos 80; e para que o PCP pudesse cavalgar a “onda verde”, esganiçada e incómoda para o Capital). Dirigido com mão-de-ferro e simpatia pelo Velhíssimo-Jerónimo. Este (sábio e ponderado), vai fazer valer o seu peso ao azougado-Costa, que só tem dito e feito disparates. O PCP tem-se revelado granítico ao longo dos anos; vamos a ver se mantém a sua elevadíssima “coerência”, lavrada a fogo por Cunhal no Ediário. Muito pontualmente, é descoberto um autarca corrupto – sendo geralmente considerada uma força política “honesta”. O PCP tem todavia grande capacidade para organizar Campos de Férias em lugares inóspitos.
 
 
PAN (1 deputado): À parte a nobilíssima Causa pró-Animal e os copos menstruais (…), ainda não sabemos grande coisa deste partido. Com apenas um (1) deputado, tanto poderá manter-se tranquilo num Verde-Azeitona como passar a objecto sexual do PS, virando a Sangue-de-Boi. Veremos.