PàF (89+18=107 deputados): Coligação dos dois partidos chamados “de direita”;
sós (PSD) ou
coligados, já estiveram várias vezes no poder. Chefias dinâmicas e
relativamente jovens (Portas é perigoso e inteligente); rejuvenescimento das
bases levado a cabo com sucesso. Ainda presas de máquinas partidárias pesadas,
de caciquismos locais, de clientelismos e tachismos que impediram verdadeiras
reformas nesta legislatura. Passos fez sofrer o Povo e se tivesse “reformado”
verdadeiramente, talvez a fatia desse Povo afectada fosse menor. Resta saber se
de facto isso estava nos seus objectivos. Desastrados, por vezes insensíveis,
estes partidos têm demasiados Tios e Tias e são considerados por politólogos
credenciados como “pelo menos, a Direita mais estúpida da Europa”. Em termos da
avaliação, utilizando o padrão Crime
Organizado, podem ser classificados de Calabreses
– por serem campónios, azeitados e não roubarem o suficiente, ou fazendo-o de
forma primitiva.
PS (86 deputados): O partido que conta com o mais opulento revestimento de
delinquentes do chamado “arco da governação”. Figuras influentes envelhecidas e
vestidas de escuro; chefia actual completamente delirante e sebácea. Já
governou o País muitas vezes e tem-se governado muito bem a si mesmo e aos seus
membros. Auto-denominado “Partido de Esquerda”, porque desse modo uma larga
fatia do Povo gosta deles e os empresários e banqueiros atiram-lhes olhares
mais doces. A força da tendência “Zé Sócrates
- Paulo Campos - Pedro Pereira”, que conduziu recentemente Portugal à bancarrota,
mantem-se poderosa ensombrando o partido. Sedentos, desejosos, louquinhos,
raivosos por recuperar o poder de modo a esconder melhor os rabos-de-palha
deixados em plena luz do dia. Pelo padrão Crime
Organizado, podem ser classificados como Sicilianos (urbanos, mais cruéis, mais sofisticados, muitíssimo
mais eficientes no rouba-a-rir e têm melhores alfaiates).
BE (19 deputados): Fundado pelo Torquemada-Louçã e por tipos
inapresentáveis de sectores isolacionistas pró-Albânia de Enver Hoxha; com base
principalmente no PSR e na UDP (além de outros nano-partidos).
Louçã reformou-se e as duas raparigas tomaram conta da coisa: jovens,
combativas, agressivas e eficazes (Louçã deve estar com ciumeira…). Força política
muito urbana, muito jovem, muito progressista, muito alternativa, muito de
esquerda, muito dos afectos, muito justiceira, muito abortadeira, muito parva.
Catarina era actriz e não sabe peva de Economia ou Finanças (ou seja do que for…);
mas Mariana é economista-doutoranda, inteligente e acutilante; e apertou os
tintins ao Tio-Salgado e também deu umas lições a Catarina. Provavelmente, ainda
vêm um dia a confrontar-se neste protagonismo de águia bicéfala albanesa. O Bloco captou à esquerda gente
descontente; e patetas que acham giro haver uma força trotskista (“mas afinal,
quem é esse gajo?”). E insuflou.
Catarina tem os olhos bonitos e está mais senhora; Mariana é gira e a Playboy
quer fotografá-la. Em termos criminais, poderão ser classificados como beneficiários-do-sistema.
CDU (15+2=17 deputados): O partido
das pessoas tristes, dos reformados, dos ressabiados e revoltados, dos
disciplinados e organizados e dos velhos de todas as idades. Na verdade, uma
coligação entre o estalinista PCP e o satélite-artificial-PEV (criado uma
noite no Comité Central, ainda na Guerra Fria, para que Cunhal pudesse
beneficiar dos movimentos europeus de homens desgrenhados e mulheres nuas que
se deitavam no caminho das plataformas de lançamento de mísseis Pershing II
americanos espalhadas pela Alemanha nos anos 80; e para que o PCP pudesse
cavalgar a “onda verde”, esganiçada e incómoda para o Capital). Dirigido com mão-de-ferro e simpatia pelo Velhíssimo-Jerónimo.
Este (sábio e ponderado), vai fazer valer o seu peso ao azougado-Costa, que só
tem dito e feito disparates. O PCP tem-se revelado granítico ao longo dos anos;
vamos a ver se mantém a sua elevadíssima “coerência”, lavrada a fogo por Cunhal
no Ediário. Muito pontualmente, é
descoberto um autarca corrupto – sendo geralmente considerada uma força
política “honesta”. O PCP tem todavia grande capacidade para organizar Campos
de Férias em lugares inóspitos.
PAN (1 deputado): À parte a nobilíssima Causa pró-Animal e os copos menstruais (…), ainda não sabemos
grande coisa deste partido. Com apenas um (1) deputado, tanto poderá manter-se
tranquilo num Verde-Azeitona como passar a objecto sexual do PS, virando a Sangue-de-Boi.
Veremos.