Com o fim da campanha, com as eleições e o seu desastroso resultado para o PS (sejam quais forem as habilidades e as futuras alianças que Costa venha a fazer...), a importância do Preso 44 começou subitamente a desfazer-se, a derreter como manteiga rançosa deixada ao sol. Já todos os jornais e televisões se esqueceram daquela frase esganiçada de Sócrates: " Isto é uma manobra política para que o PS perca as eleições! ". Já passou; já tudo isso foi para o esgoto da atenção: Costa é agora importante, protagonista, o "político inevitável" - incompetente, sim - mas o "homem do momento". E para tal não hesitou em usar da mesma falta de vergonha de Pinto-de-Sousa: irá fazer o possível e o impossível para que o Preso 44 (de cuja máquina beneficiou) não seja referido tão depressa.
Costa, não restam dúvidas, ajeita-se bem com as facas e ninguém tem as omoplatas protegidas. Mas é canastrão noutras artes da política. Resta saber se a sua sede de poder é equiparável à de Pinto-de-Sousa.
Costa, não restam dúvidas, ajeita-se bem com as facas e ninguém tem as omoplatas protegidas. Mas é canastrão noutras artes da política. Resta saber se a sua sede de poder é equiparável à de Pinto-de-Sousa.