segunda-feira, 11 de julho de 2016

das QUINAS


 
Estes cinco farroupilhas ajudaram a concretizar o impossível, tendo feito a maior parte do trabalho e transportado a selecção de uma posição de aritmética sortuda através das dificuldades mais gritantes (face a adversários mais fracos) até à Final - apenas com duas vitórias e com quatro (4 !) empates. Após os desacertos de Ronaldo, e depois com a sua lesão ao fim de 20 minutos de jogo, ficou mais do que provado que existe capacidade para vencer sem ícones, sem santinhos, sem estátuas de Eusébio, sem "o melhor do mundo", sem clãs, sem birrinhas, sem manchetes saloias. Talvez a partir de agora se possa começar a pensar num método e numa disciplina que produza equipas, e que não tenha tudo de ser inventado de novo de campeonato para campeonato. Acrescentemos também que sem Rui Patrício não teria havido vitória nenhuma e ter-se-ia dado, isso sim, o Holocausto Lusitano.
Ronaldo poderá rapidamente voltar a anunciar Linic e a viajar no seu jacto para Marrocos, onde o aguardam aquelas festinhas só para rapazes. Katia Aveiro retomará, em revistas prestigiadas, a sua longa série de fotografias "de poses ousadas" sendo que por "pose ousada" se entende uma atitude escarranchada de pré-coito. Felizmente que por esta altura dona Dolores terá já vendido uma quantidade apreciável de Banana da Madeira.
 
Postas as coisas no seu devido lugar adorei o pesadume e a raiva francesa que num mau-perder absolutamente ridículo e louco manteve as cores portuguesas de acesso vedado à Tour Eiffel: foram os netos, os filhos, os irmãos e os amigos das femmes de ménage, das concièrges, dos charpentiers e dos mécaniciens quem os derrotou.
 
Podemos não ter uma Equipa disciplinada como a Blitzkrieg (que perdeu) e na verdade (por 1-0) não cilindramos a França: apenas lhes pisamos bem a fuça e lhes partimos o maxilar e os dentes.