sexta-feira, 6 de maio de 2016

AINDA O KEBAB



Conhecidas há poucos dias as “medidas de coacção” aplicadas aos suspeitos do episódio Kebab, verificamos com interesse que os media – especialmente as TV’s – insistem em classifica-los como “jovens”. E a sua condição, apesar do vídeo gravado e da confissão de um deles com a entrega voluntária de uma arma de fogo, continua a ser a de “suspeitos”, “alegados suspeitos” (!...), “alegados participantes” etc, etc :  quanto cuidado e carinho no tratamento destes frágeis meninos que vivem em Portugal o permanente horror da exclusão e que por isso, de quando em vez, desabafam compreensivelmente varrendo lojas, agredindo pessoas, assaltando estabelecimentos. E é justíssimo. O jovem entrega a arma de fogo (que levava não se sabe porquê metida nas calças) adquirida ilegalmente, diz “ter disparado para o chão” (que responsável !...) e leva “termo de identidade e residência”. A razão é certamente a de que, admoestado pelo Dr Juíz, o pobre rapaz terá garantido pela saúde da mãezinha que não iria comprar outra arma de fogo, que não usaria entretanto armas brancas e que não agrediria ninguém proximamente: assim é seguro – por ser bom rapaz – libertá-lo no meio das outras pessoas.
E os seus amiguinhos também: afinal eram apenas quase duas dezenas deles atacando e pontapeando o corajoso Turco a pretexto de terem fomita e sede e de “se há Kebab há dinheiro”. Meteram-se com o comerciante errado; pena é que o Homem não tenha degolado um destes jovens, como é prática salutar lá pelas bandas de onde vem.

O carinho baboso e medricas das TV’s por estes jovens deveria acabar já: ou bem que são de facto menores de 18 anos e usam bibe, ou bem que são homens – não interessa a idade. Quando se tem 1.80m de altura, 85 Kg de peso, uma arma de fogo e se está disposto alegremente à prática da violência é-se um criminoso – não um jovem.