segunda-feira, 27 de junho de 2016

A GRANDE CAVALGADA


 
 
Estamos à porta da 'silly season'; mas antes que se lhe acabe temporariamente a hipótese de tirar proveito dos media de forma descarada, Costa palra de alto nas jornadas parlamentares do PS afirmando «que os números são bons, que o crescimento está aí e que não é preciso um plano B». Isto ainda com o chatérrimo Europeu de Futebol a decorrer e com a não-equipa da selecção nacional pendurada numa absurda sorte de cabrão, que até poderá injustamente fazer deles campeões. Nesta ocasião sebácea do futebol, da sardinha, do arraial, do mau tinto e do traque licencioso o primeiro ministro cavalga despudoradamente o fenómeno - que ele como ex-Alcaide tão bem conhece e aprecia.
Também a Coordenadora Catarina, com o abanão do Brexit ainda fresco, esganiça exigências e grita ameaças ao País e ao Mundo, esmurrando o púlpito no paroxismo idiota da X Convenção: está pronta para o Referendo Nacional «à permanência de Portugal na União» (primeiro…) ou apenas «para o chumbo ao Tratado Orçamental» (depois…). Este desnorte imaturo na táctica política demonstra pouca inteligência e muita precipitação em face dos acontecimentos dos quais quer espremer fluídos - dê lá por onde der. É a necessidade mais forte do que ela (elas, eles) de também cavalgar furiosamente o episódio do Referendo e colar-se à espontânea revolta do Povo (português…).
 
 
Por mim, tanto Costa como Catarina, podem cavalgar à vontade; devem até montar-se num d’aqueles ilustrado supra.