Em
Portugal, o Futebol é uma variedade alotrópica da Política – mas mais foleira e
mais próspera.
Ainda
há poucas semanas (por volta de 5 de Março…) o Campeonato “estava ao rubro”
(!!!). Mais parvoíce menos vulgaridade, mais flash interview menos intriga de balneário tudo entretanto parecia
serenar. Mas não. Parece que a primeira liga voltou à forja e o Rubro ameaça de novo: com o aproximar do
fim da época, cada jornada é uma esperança raivosa em Alvalade e uma cólica
intestinal no Nazional-Benfiquismus. Les
Bleus (os Azúis) entretanto, preparam a incineração de Peseiro e envernizam
de novo Pinto da Costa – com aplicação e zelo.
Por
parte dos Presidentes (dos Líderes) os
discursos idiotas vão (re)começar, os insultos subirão de tom, as comunicações
solenes às massas associativas justificarão o injustificável; nas TV’s os
comentadores farão balanços fantasiosos, e aparecerão as promessas de vingança na
próxima época - para deleite d’A Bola e de outros Folículos “desportivos”.
Sem
o futebol o País cairia clinicamente na depressão total (o defeso é uma tortura
!...). Nesta terrinha esquecida por Deus a Futebolice reina e preenche
totalmente – de manhã à noite – os nano encéfalos dos aficionados. Pobre Nação.