António Costa perdeu as eleições e triunfou; tomou posse e discursou; apresentou o seu 'programa' e afiançou; disse que isto e que aquilo mas não explicou; já prometeu, elencou e garantiu - mas não revelou.
Não revelou como vai levar a cabo o milagre assessorado (na sua quadrilha de espadas) pelo professor Centeno de multiplicar pães e peixes e transformar quartas de água em barris de Cartaxo. Centeno, de fraseado pasteloso e a expressão alvar, também não sabe patavina - e sorri tranquilo. Mas que interessa tudo isto ?
Enquanto que nos rodapés das televisões passa a notícia do "Orçamento Grego já aprovado com o Syriza a reduzir despesa e a cortar pensões", Costa promete aos portugueses o País da Cocanha, em que o leite e o mel brotam das rochas, os rios são de vinho e as margens de queijo, e das árvores nascem presuntos e salpicões perfumados; e não há a obrigação de trabalhar; e ir às putas é gratuito e edificante. E a coisa resulta pois nos jornais já surgiram as sondagens a confirmar o governo-costa "Em Estado de Graça".
Só à chapada.