Desde que os
primeiros antropóides de planície desenvolveram sons guturais diversos e articulados,
existe o piropo; e as fêmeas da espécie
parecem ter conseguido resistir de boa saúde a esses milhões de anos de humilhação
e objectificação sexual – ou lá o que é. Ao longo de milénios a labreguice dos
machos tem sido ofensiva e desagradável – mas também uma forma eficaz de, em
sociedades pouco sofisticadas, comunicar à fêmea intenções de reprodução e
mesmo elogios. Claro que na maior parte dos casos se destina apenas à
auto-satisfação exibicionista – tal como o Guarda-Rios
ou o Pintarroxo-de-papo-vermelho. Adiante;
julgo que nesta altura dos trabalhos, com os telefones, a Net e o FaceBook, já não subsistem verdadeiros
perigos de enchentes em hospitais psiquiátricos com marés imparáveis de
mulheres traumatizadas pelas falas dengosas do trolha e do camionista. Ou seja,
o assunto (“o piropo”) estava defunto; e inofensivo como uma couve.
A exumação do
piropo como flagelo da Humanidade e da Civilização foi obra, como não podia
deixar de ser, de um pequeno bando de mulheres azedas, desocupadas, secas,
estéreis e feias que vão errando e vadiando pela esquerda – com particular
incidência no Bloco, onde acabou por
ir parar (dar à costa) uma belga ou holandesa radicada neste belo jardim
meridional; e que trouxe da Flandres como
ideia esse extraordinário projecto-lei de carácter repressivo, correctivo,
reeducativo. Estas tipas da estrela vermelha sofrem de complexos de ausência de
pénis – nelas próprias ou nas proximidades; foram eventualmente apodadas, na
escolinha, de cus-de-bomba ou mamalhudas – e a sociedade tem de pagar
por isso.
É típico desta
gentinha fazer aprovar leis ineficazes na prática, mas que são depoimentos políticos
ou sentenças sociais – imprimindo assim ao bem comum uma feição bem
progressista (moralista). O piropo e os seus destiladores-praticantes passam
assim à nazificada categoria fisionómica do nariz-adunco-em-bico-de-papagaio do
judeu típico: uma forma fácil a todos e todas de distinguir as plantas ruins. É
como bater em mortos; e “elas” adoram.
Esta música, tal como 99% da música cantada, é um total piropo do princípio ao fim; espero que não entre agora num Index do BE e das secas feministas, ou mesmo que seja proibida - tal como na Coreia do Norte:
Senão, vejamos traduzidas algumas passagens da letra:
« Boom, boom, boom, boom (… meu Deus !!):
Vou abater-te,
Vou levar-te comigo, vou pôr-te na minha casa,
Adoro ver-te caminhar,
Adoro ver-te esfregar o chão para cima e para baixo,
Adoro essa conversa de boneca, adoro quando me falas assim,
tu dás cabo
de mim,
Adoro quando caminhas assim e quando falas assim na minha orelha,
Adoro essa conversa de garota, etc, etc. »
Adoro essa conversa de garota, etc, etc. »