segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

CARÁCTER de BELÉM


 
 
Tenhamos então o carácter em conta: Quando o deputado socialista Ricardo-Roubador-Rodrigues interveio "em defesa própria", tomando "acção directa" e roubando à vista de câmaras e jornalistas os gravadores (desligados...) que estavam sobre a mesa da entrevista, Maria de Belém - ao tempo presidente da bancada socialista - teve como único mas significativo gesto o da "solidariedade do grupo parlamentar para com o colega" (barbaramente acossado pelos media), apresentada pessoalmente sob a forma de comunicado com horário especial nas TV's, seguido de uma inclassificável salva de palmas (para o Roubador e a respectiva acção...) que durou patéticos e lamentáveis minutos. Tudo naquele transe absurdo soou a manobra, a vigarice, a falta de vergonha, a encobrimento, desinformação, mafiosice, a golpe, a contra-ataque, a delinquência eloquente, a peralvilhismo de província; ou seja, a Sócrates. Tudo menos a "carácter". Ora Maria, a de Belém com caráter e canela por cima, jamais deveria:
 
1- ter aceitado ser presidente de bancada do PS de Sócrates.
2- tendo caído nessa estupidez, jamais deveria ter mantido Ricardo-Roubador em funções.
3- tendo cometido esse crasso erro, jamais deveria ter dado seguimento à farsa infame da "solidariedade".
4- tendo praticado essa enormidade moral (por pressão, por ordem, por ira vingativa de Sócrates, por directiva do "secretariado"), jamais deveria ter permanecido no cargo. Cargo de presidente da bancada e de membro da bancada. Mas Maria ficou.
 
E Maria, certamente porque é cristã, caridosa e não abandona os amigos, deu cobertura a todo o episódio da solidariedade. Rodrigues era e é um delinquente. Ao cidadão comum não é lícito - para explicar ou justificar roubo, furto, vandalismo, agressão ou homicídio -  usar a argumentação da "defesa própria que leva à acção directa"; se o fizer em tribunal, o Juiz manda-o galhardamente meditar para Pinheiro da Cruz, Vale de Judeus ou para a Carregueira.
Mas a Ricardo e aos amigos de Belém aparentemente é lícito; dá aplauso e robustece o carácter.