Estamos à porta da 'silly season'; mas antes
que se lhe acabe temporariamente a
hipótese de tirar proveito dos media de
forma descarada, Costa palra de alto nas jornadas parlamentares do PS afirmando
«que os números são bons, que o crescimento está aí e que não é preciso um plano
B». Isto ainda com o chatérrimo Europeu de Futebol a decorrer e com a não-equipa
da selecção nacional pendurada numa absurda sorte de cabrão, que até poderá injustamente fazer
deles campeões. Nesta ocasião sebácea do futebol, da sardinha, do arraial, do mau tinto e do
traque licencioso o primeiro ministro cavalga despudoradamente o fenómeno - que
ele como ex-Alcaide tão bem conhece e aprecia.
Também a Coordenadora Catarina, com o
abanão do Brexit ainda fresco, esganiça exigências e grita
ameaças ao País e ao Mundo, esmurrando o púlpito no paroxismo idiota
da X Convenção: está pronta para o Referendo Nacional «à permanência de Portugal
na União» (primeiro…) ou apenas «para o chumbo ao Tratado Orçamental» (depois…).
Este desnorte imaturo na táctica política demonstra pouca inteligência e muita precipitação
em face dos acontecimentos dos quais quer espremer fluídos - dê lá por onde der.
É a necessidade mais forte do que ela (elas, eles) de também cavalgar
furiosamente o episódio do Referendo e colar-se à espontânea revolta do Povo
(português…).
Por mim, tanto Costa como Catarina, podem
cavalgar à vontade; devem até montar-se num d’aqueles ilustrado supra.