terça-feira, 15 de março de 2016

NO BLOCO e em LESBOS HÁ MUITO AMOR.


 
Escapou-me completamente, porque sou um homem estúpido, mau, antiquado, insensível e mal informado; mas o BE promoveu dia 8 de Março (Dia Internacional da Mulher...) uma conferência "Feminismo contra a guerra". E nessa celebração do Gineceu Global tiveram em directo a intervenção comovente e esclarecedora de uma tal Chloe Haralambous "que trabalha na recepção de refugiados e migrantes na ilha de Lesbos":
 
 
Aparentemente, tudo o que a rapariga sentiu, relatou e disse (« - a culpa do tráfico é da NATO ») é a Verdade e a única Verdade verdadeira - o que faz dela uma pitonisa, entretanto mudada para Lesbos. Ela é pois autora desta conclusão metafísica-político-existencial de que o Bloco se ufana - carpindo aos litros:
 
« - Solidariedade é reconhecer refugiados e migrantes como sujeitos políticos »
 
Isto é um pratinho para a esquerda amorosa, e uma delícia para o Bloco em particular.
Estes 'migrantes', coitados, vêm a fugir da guerra e da morte quase certa. Outros houve, num passado não tão distante, que fugiam da miséria mais miserável e da repressão da ditadura cubana de Fidel Castro - onde ainda hoje (pela manita de Raulzito Castro) existem encerrados na prisão "Traidores à Revolução", "Inimigos do Estado", "espiões", dissidentes políticos, homossexuais, 'sabotadores' de toda a espécie, etc: pois estes remotos 'migrantes' eram Los Balseros, que desde 1993-94 passaram a arriscar o coiro em jangadas a caminho de Miami...
 
 
 
 
 
Um mal não é melhor ou menos mau que outro mal. As vítimas não têm mais qualidade por serem cubanas ou chilenas - embora para o PCP, por exemplo, parece nunca terem existido vítimas de Ché ou dos hermanitos Castro.
Chloe, coitadinha, é demasiado nova para se lembrar dos balseros (teria fitinhas no cabelo e andaria de bibe por essa altura); e Catarina, já crescidota com p'raí 18 anos, começava talvez a desabrochar para o mundo do teatro, da solidariedade, da esquerda, do Bem, da responsabilidade cívica e para as Odes de Sappho - prenhes de sensibilidade e Amor. Seja como for, nunca lhe ouvimos referência à repressão cubana - que ainda continua - e quanto a Mortágua, nem pensar em falar de los maricones que por lá estão devidamente encarcerados...
De resto, quem se der ao trabalho de visitar o Link que juntei acima, poderá também ler algumas frases e resumos que salpicam humanamente a página dessa Trombeta Online - e que aqui transcrevo, fascinado:
 
José Manuel Pureza:
“Está na altura de reconhecermos o direito à morte assistida”
“Combate sem tréguas à violência doméstica é dever de todos e todas”
 
Zoe Konstantopoulou (?):
“Na Grécia vivemos o renascer da luta e da esperança”
 
Olivier Besancenot (?):
“O objectivo da retirada da nacionalidade é relacionar imigração com terrorismo”
 
Carlos Matias (...irmão de Marisa ?):
“O direito ao transporte gratuito nunca foi um privilégio ou um favor”
 
... no que eles se entretêm com fé e paixão !...  Há muito, muito Amor e carinho no Bloco.