"Ó filho, na sê nada dessas merdas; diz-me c'ando é pra fazer greve e ê faço" |
Estes três têm andado a desempenhar um interessante papelzito político nesta farsa das esquerdas, que é uma 'coisa' apenas superada por filmes pornográficos com enredo:
Avoila é azougada e rebelde nas conversações, e está sempre pronta para ameaçar com a greve; Arménio tornou-se importante e surge em entrevistas e écrans como que um poderoso dono de alguma coisa (um banqueiro, um industrial, um justo). Jerónimo, esse, vai sábia e prudentemente conduzindo o barco do Comunismo por entre os meandros pegajosos da "Vereação-Costa" tirando o melhor partido possível desta nova Situação; isto, ao mesmo tempo que controla a sua própria bicharada impaciente.
Depois, quando os líderes partidários se reúnem com os parceiros sociais, Arménio (que pertence ao Comité Central do PCP...) finge não ter visto ou estado com Jerónimo no dia anterior e os dois trocam pontos de vista - simulando zelo e civismo patriótico.
A UGT praticamente desapareceu, como compete servilmente a uma união de sindicatos da mesma cor que o governo. Estamos quase na tão almejada Unicidade Sindical que o PCP queria impor em 74-75 e que faria da Inter a única Central possível (legal...) tal como na URSS. No fundo pretendiam substituir, na vida dos cidadãos, o Corporativismo pré 25 de Abril que tinha na FNAT a divertida organizadora de férias, folguedos e cerimónias autorizadas pela UN / Acção Nacional Popular. Mas ao menos - nesse tempo - havia a Festa de Natal com presentes e mágicos para os filhos dos funcionários públicos.
Agora, porém, temos que levar com estas sanguessugas todo o ano. Como diria o intelectualmente defunto Vítor Melícias: "Que bonito quando os homens se entendem !..."