Adoro gajas, e por isso faço este ‘post’. Escolhi estas porque são de
esquerda e porque o momento está também contaminado por ela.
Este nobilíssimo epíteto – “ser de Esquerda” – parece ser o passaporte
para se chegar a justo ou a santo ainda em vida; é o pergaminho
que todos e todas querem poder exibir – bem agitado às câmaras televisivas
e às fontes de entachamento, de ordenados e prebendas do Estado; é a
Marca-de-Água do Ser humano bem-pensante.
Ora com isto – a Superioridade
Moral e a Humanidade da Esquerda – vem geralmente também um conjunto de
virtudes absolutamente necessárias para carregar semelhante fardo.
Religião e Credos totalmente à parte, o esquema que baliza e cataloga o comportamento humano desde sempre
(e desde a China à Patagónia) está bem sintetizado nos incontornáveis Pecados
capitais (um trabalho árduo e teológico de um bispo egípcio do séc. V). São
sete como é sabido; e depois têm os respectivos ‘contrários’ em outras tantas
virtudes. Para mim os pecados Luxúria
e Gula podem já cair porque sou
luxurioso e porco, assim como glutão por carne de vaca e ovos. Também posso deixar
de lado as virtudes Castidade e Caridade – duas das coisas mais absurdas
do Universo.
As raparigas ilustradas supra são ou já foram engraçaditas de um modo
geral – e bem giraça em particular no caso da rebelde Joaninha. São também muito de
esquerda.
Nem a mosca-morta-Ana-Drago resistiu a fazer-se fotografar e retratar
em pose intelectual, lutadora ou pensativa, isto tudo sempre num cenário estético.
A mui-louca e filha-do-Papá Isabelzinha gosta de se exibir – a si, para a ‘Nova Gente’, ou brandindo pincéis à
noite quando ilustra murais divertidos (e danifica propriedade privada), ou à
sua tatuagem no braço com a data-gay (!)...
Joaninha, então, tem feito de tudo para se mostrar – visto ser nítido que os
rapazes gostam de a farejar e que ela se adora a si própria por isso. É justo dizer que estas imagens só são possíveis com muito barramento, muito
cuidado, iluminação muito estudada e muita produção - tal como numa campanha de Inverno da Chanel.
Atribuo-lhes assim, como pecados, a queda
recorrente e compulsiva na Vaidade (senão mesmo, a espaços, na
Inveja, na Cobiça, na Ira e até na Preguiça), pois é óbvio que estas
criaturas se amam narcisicamente e vivem de vedetismo. « Esquerda. É esquerda, esquerda, esquerda ! »