quarta-feira, 7 de junho de 2017

o dia da raça



 
... vem aí mais um com o professor Marcelo. Há muito tempo que este Rectângulo não vê o 10 de Junho comemorado com decência e sobriedade (e sem uma paisagem urbana horrivelmente feia como fundo para o desfile das Forças em Parada, apoucadas). Provavelmente o último terá ainda sido nos tempos do rígido general Eanes: neorrealismos à parte, não era tipo para se entregar a festarolas ou deixar escorregar a coisa demasiado para a pimbalhice.
Tivemos depois várias vezes Soares como protagonista inevitável - com o molho do assado a escorrer-lhe no queixo; demasiadas vezes Sampaio - com o sobrolho levantado de sofrimento e medo, sempre pronto para desculpas e fugas; e pesadas vezes o casal Cavaco com caspa nos ombros, estuque nos cantos da boca e vigilância maternal de Maria. Tudo isto passou.
Entramos agora na meteórica época de Marcelo, com o multidirecional e multiplural ímpeto dos afectos, dos foguetes e dos Ranchos, das tunas e dos abraços, das cooperações e dos consensos. E é levar rápido rápido sobre as brasas - que se deve comer quente quente e depressa: há muita rodela de batata, beijinho e livrinho para entregar, dar e oferecer.
 
Pim-Pam-Pum.