sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Uma campanha abjecta


 
 
O que temem de facto Hillary e a sua insidiosa máquina de campanha ?  Trump cometeu logo desde o princípio erros suficientes para que lhe fosse negada pelos eleitores a entrada na Casa Branca como presidente; e depois das chocantes 'revelações' por meio de convenientes gravações que aboboraram durante anos para ver a luz do dia, todo e qualquer americano de vida dupla e frequência fingida a templos evangélicos (a maioria...) não ousará dar implícita ou explicitamente o seu apoio ao azougado candidato de NY. Os socialistas americanos, os 'progressistas', a população dita urbana, as fufas, o lobby judaico e as feministas bafientas rejubilam e respiram de alívio - finalmente ! Mas porquê "de alívio" ?  Porque Hillary Clinton é detestada pela maioria dos americanos; porque nestes anos de mole e contraditória "obamania" não revelou senão ignorância, incompetência, imprudência, arrogância e falhas gravíssimas de caracter - face às quais, as labreguices machistas de Donald empalidecem de vergonha. Quem não se lembra da tristíssima e ridícula cena em que Hillary babava, a propósito de Kadafi, as seguintes palavras chalacentas e giras na boca de um governante: "We came, we saw, he died"
 
 
 
 
 
Recordemos aqui o caso dos E-mails que, só por si, seria suficiente num passado não muito distante para gorar quaisquer possibilidades da sra secretária de estado se manter viva no firmamento político americano. Como se isto não fosse suficientemente mau e baixo, Obama já veio a público balbuciar a inevitável frase de que "a democracia está em perigo" - o mesmo queixume usado relesmente por Manuel Alegre quando afirmou com alarme que "Marcelo é de direita; cuidado !"
Acrescem a isto as anteriores indiscrições do seu marido Bill (que, valha a verdade, tinha toda a justificação e desculpa tendo em conta o tipo de megera que a sra Clinton é) e a vinda a público que depois das felações de Mónica o Presidente fumava longa e tranquilamente um charuto cubano devidamente perfumado com os eflúvios vaginais da rechonchuda estagiária. E mais o nunca completamente deslindado golpe imobiliário de "Whitewater": o ódio antigo votado pelos Clinton e pelo PD ao Partido Republicano e ao então Procurador Kenneth Starr transitaram precipitadamente contra o insuflado mas ingénuo Donald Trump pela simplicíssima razão de que este trazia uma "verdade" na qual - mal ou bem - os americanos se reviam e principalmente na qual ele próprio acreditava genuinamente. Pela primeira vez um candidato presidencial nos EUA era sincero e não apoiado por tendências religiosas ou políticas clássicas. Pobre Trump !...  Um coração puro como ele não poderia durar um minuto que fosse no lamaçal venenoso e corrupto que é Washington - onde se agitam lobistas, congressistas e fadistas furiosamente como lacraus; a sua fragilidade não está nem na falta de moral, nem na ambição empresarial desmedida, nem no egocentrismo alourado e sim no facto de não ser suficientemente hipócrita para chegar à presidência. No fundo, Trump não agrada aos republicanos comuns (porque ele os tornou inúteis) pela mesma razão que faz tremer as lésbicas militantes como varas verdes.
 
Mesmo assim, e apesar de todos os episódios patéticos que mancham Trump, "a coisa ainda não acabou" de forma totalmente segura para Hillary - cujo o único verdadeiro trunfo é ser detentora de uma vulva.